A Lau faz anos dentro de dias e já há cerca de três semanas que ouço a frase “não sei o que lhe ei-de oferecer!”. Costumo responder, primeiramente, com um “traz-lhe tempo para estares”, depois com um “compra bolachas que eu faço um chá”, e por fim “oferece-lhe um brinquedo”.

Não é que ela não tenha, nem que precise desesperadamente. Na verdade tem toda uma vasta secção de quinquilharia sem jeito, entre os quais se revelam imponentes garrafas de água vazias, pedaços de cartão ou marcadores de cabide (que enfiados em atacadores resultam nuns colares super chiques!). Adora comandos de televisão, molhos de chaves e autocolantes da fruta, tal como a maioria dos miúdos. Mas eu gosto de outros. E sempre que me perguntam sem rodeios o que oferecer, é um brinquedo que eu peço.

Eu gosto de investir em brinquedos com alma e com propósito. Passo horas à procura daquele que lhe proporciona um desafio à sua desajeitada motricidade fina, ou um apoio perfeito para uma marcha mais segura. Escolho-os pelo objetivo, pela estimulação que proporcionam, pela durabilidade e obviamente pelo preço. E não é fácil! Bendito seja o Lidl e as suas campanhas de brinquedos bbb!

Se já leram este post, já perceberam a importância do brincar, e em altura de aniversário (desculpa perfeita), um bom brinquedo, escolhido e encaixado no perfil terapêutico da Lau, dura todo o ano (e muitos mais, assim o espero), sem que tenha que pensar em arranjar outro! E logo que deixem de fazer sentido cá em casa, há sempre alguém que fica muito feliz por poder recebe-los, há instituições a quem os podemos doar, e há ainda lojas que não se importam nada de os comprar (podem ver aqui um exemplo).

Para o aniversário que aí vem, e a pensar nos desafios da etapa de desenvolvimento em que a miúda se encontra, escolhi um carrinho de bonecas vintage, em verga e madeira, com o peso certo e uma óptima pega, facilitadores da estabilidade da miúda na marcha. Tenho a certeza que se vai tornar um brinquedo de família, daqueles que passam de geração em geração!

Ela ainda não desembrulhou o dela, ainda não tenho fotos oficiais!

Se tal como o meu, o objectivo for usa-lo como andador para a estimulação/treino de marcha, aconselho a perguntar a altura da pega antes de comprar, para que tenham a certeza se estará colocada a uma altura facilitadora. A sua base é de madeira e por isso tem algum peso, contudo, se mesmo assim o acharem leve, tem profundidade suficiente para que se torne possível colocar um ou dois quilos de arroz (por exemplo) para que se torne ainda mais estável.

Podem encontrar este tipo de brinquedo em várias lojas físicas ou online. Eu encontrei-o na OhPlay, que já andava na minha mira há algum tempo!

A OhPlay é uma loja online sediada nas Caldas da Rainha e está recheada de brinquedos seleccionados pelo seu design, conforto e sustentabilidade. A mim, fazem-me lembrar aqueles brinquedos à antiga e que só se encontram em lojas vintage. Quando não encontro especificamente o que procuro na loja online, envio um email com a descrição do que pretendo e rapidamente me apresentam uma série de propostas! O atendimento é rápido e muito atencioso! É ou não uma mais valia?

Deixo-vos os meus brinquedos favoritos, no contexto das necessidades cá de casa:

Crianças com alteração do tónus muscular beneficiam com a estimulação em meio aquático. Quem é que resiste a umas boas brincadeiras num banho quentinho?

Este cavalinho é perfeito para estimular a marcha, ao mesmo tempo que promove a extensão dos membros superiores e a motricidade fina.

Não podia deixar de escolher o carrinho de bonecas. É um perfeito andador, auxiliando no treino de marcha, ao mesmo tempo estimula a criatividade. As brincadeiras do "faz de conta" vão estar com o nível de fofura aumentado!

Artigo escrito em parceria com a Ohplay. 

Nesta altura do ano, após as férias de Verão e com o regresso às aulas, pensa-se em voltar às rotinas, obedecer aos horários e às tarefas menos prazerosas e, tendencialmente, coloca-se a brincadeira um pouco mais à parte.

Artigo originalmente publicado em Mães.pt

É um perfeccionista desenrascado e um metódico completamente desorganizado. Consegue passar horas em silêncio e falar tão alto que o vizinho do quarto andar pode acompanhar os seus raciocínios. Vai do 8 ao 80 num piscar de olhos, e nem se apercebe disso. Tem sempre a bateria carregada no máximo, com excepção do momento em que lhe peço para arrumar o quarto; aí está sempre cansado!

Gosta de colorir, de animais e da água do mar. É Verão, chocolate e pés descalços no chão. Faz truques com a bola, com os carros e com o coração.

Hoje faz meia dúzia de anos, mas não consigo acreditar que não sejam só meia dúzia de dias. Tão grata por ti!

Foto de quando ainda me deixavas encher-te de beijos!

Estou de licença porque decidi que o maior investimento tem que ser a disponibilidade que lhes devo desde o dia em que os conheci, e porque decidi que o desespero não é maior do que a minha resiliência. Estou de licença do trabalho, não da vida nem da luta. A essas nunca pedirei licença. Estarei por aqui, sempre!

• Não ganhamos nenhuma fortuna, e acho que ninguém está à espera de ganhar. Entre a água, a luz e o tempo que andei a lavar, dobrar e ensacar as coisas, o lucro deve ser mínimo. A verdade é que o dinheiro que entra, comparado ao que entraria se continuasse tudo no sótão, é sempre lucro!

• O facto de os artigos usados chegarem a outras pessoas por preços mais simpáticos, e me deixarem espaço livre em casa, é uma grande mais valia. Sim, podia oferece-los a alguém, ou a alguma instituição. Desta vez, fui numa de perceber que quantidade de dinheiro poderia lucrar e o retorno é sempre bem vindo.

• A gerente da loja fez-me toda uma explicação acerca das margens de lucro, para quem vende e para quem compra, o que me deixou bastante esclarecida acerca dos métodos das vendas. Quem vende quer a melhor margem de lucro e quem compra também. O justo é encontrar um equilíbrio. Acho importante termos em mente que estamos a vender artigos que já foram usados. E que quem compra usado, espera comprar por uma valor inferior o suficiente para não optar por um novo. Por outro lado, lembrarmo-nos que o que estamos a vender já não nos é útil, ajuda na aceitação do valor que nos é oferecido.

• A avaliação dos artigos e o pagamento é feito na hora, havendo ainda a hipótese de se ficar com o valor dos artigos em vale de compras (com uma margem de lucro maior) para compras feitas em loja.