Limitações vs Permissividade

Quem me vai lendo e acompanha as minhas correrias de mãe atleta por entre as terapias da miúda, já percebeu que a garota tem toda uma agenda por conta dela e que eu não sou nenhuma mãe especial (falei disso há uns dias, podem ler aqui). Sobre o facto de ela também não ser uma criança especial (detesto a terminologia) escreverei noutro dia, quando andar zangada outra vez com o termo (isto há dias piores que outros!).

A verdade, e é sobre isto que quero escrever hoje, é que por entre toda a correria do nosso dia, ainda não me tornei especial mas tornei-me mais prática. Gosto de pensar que me tornei mais prática, embora muitas vezes fique com a sensação de que o que me tornei foi, bastante mais permissiva com ela, muito por causa das limitações que vai corrigindo com os terapeutas, do que fui com o miúdo em idades similares. Ora vejamos:

  • O miúdo pegava num lápis de cera, pintava toda uma galeria de arte na parede do corredor, e eu ficava para morrer.
  • A miúda pega num lápis de cera, pinta móveis, chão e paredes, eu bato palmas entusiastas e nem me preocupo em limpar. No fundo é como se aqueles rabiscos expostos fossem uma espécie de troféu pelas horas de terapia, para corrigir a tríade. 

  • Pedia mil vezes por dia, ao miúdo, que arrume as coisas que vai desarrumando.
  • Deixo cestos e caixas, com objectos do quotidiano, ao alcance da miúda, para a incentivar a pôr e tirar as coisas, a espalhar pelo chão, e a experienciar o que lá vou colocando. É quase um chamariz para a desarrumação!
E podia ficar por aqui a enumerar situações eternamente.

#MãesAtletas, como é convosco? Também sentem dificuldade nesta gestão? Encontrar o ponto de equilíbrio é difícil? Este sentimento de diferença em relação à permissividade entre os miúdos passa com o tempo, certo? Da série "nunca ninguém me alertou para estas coisas"!


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