Vender as coisas que os miúdos já não usam? Claro que sim!

Há uns tempos escrevi na página do facebook do blogue que estava a destralhar o sótão e que ia vender as coisas numa loja de artigos em segunda mão. Pois bem, tal como combinei, venho dar o meu testemunho, enquanto consumidora da loja, vendedora e mãe, que isto pode ter vários pontos de vista!
Escolhi a loja O Jardim do Bebé, em Leiria, por uma série de razões, mas a principal foi mesmo a comodidade. É fácil estacionar o carro ali mesmo ao lado! E a quantidade de sacos que tinha para levar não eram muito convidativos a grandes caminhadas.
E então é assim:

  • Não ganhamos nenhuma fortuna, e acho que ninguém está à espera de ganhar. Entre a água, a luz e o tempo que andei a lavar, dobrar e ensacar as coisas, o lucro deve ser mínimo. A verdade é que o dinheiro que entra, comparado ao que entraria se continuasse tudo no sótão, é sempre lucro!

  • O facto de os artigos usados chegarem a outras pessoas por preços mais simpáticos, e me deixarem espaço livre em casa, é uma grande mais valia. Sim, podia oferece-los a alguém, ou a alguma instituição. Desta vez, fui numa de perceber que quantidade de dinheiro poderia lucrar e o retorno é sempre bem vindo.

  • A gerente da loja fez-me toda uma explicação acerca das margens de lucro, para quem vende e para quem compra, o que me deixou bastante esclarecida acerca dos métodos das vendas. Quem vende quer a melhor margem de lucro e quem compra também. O justo é encontrar um equilíbrio. Acho importante termos em mente que estamos a vender artigos que já foram usados. E que quem compra usado, espera comprar por uma valor inferior o suficiente para não optar por um novo. Por outro lado, lembrarmo-nos que o que estamos a vender já não nos é útil, ajuda na aceitação do valor que nos é oferecido.

  • A avaliação dos artigos e o pagamento é feito na hora, havendo ainda a hipótese de se ficar com o valor dos artigos em vale de compras (com uma margem de lucro maior) para compras feitas em loja.

Enquanto esperei pela avaliação e orçamento dos produtos que levei, aproveitei para espreitar a loja e conhecer melhor o conceito em que se assenta. Desconhecia uma série de questões relacionadas com este tipo de negócio, talvez até porque nunca tinha pensado muito sobre o assunto.
Esta loja compra artigos de criança, puericultura e pré-mamã, em bom estado e dentro de alguns padrões. Sabem aquelas roupinhas dos miúdos que guardamos com todo o amor e carinho durante 10 anos, porque nos trazem boas memórias? Provavelmente estão fora de moda e já ninguém as quer comprar. Mesmo que esteja nova, e com etiqueta pendurada. Enquanto vendedora acho que ia ficar indignada por não a aceitarem na loja, enquanto consumidora e mãe, provavelmente nem olharia para ela. 
Podemos vender roupa e sapatos dos miúdos de qualquer estação do ano, em qualquer estação do ano. Por outro lado, no Jardim do Bebé, podemos comprar artigos de qualquer estação do ano, em qualquer altura. Precisam de um casaco quentinho para hoje, porque vão de férias para um destino mais frio, e não encontram em loja nenhuma? Eles têm-nos lá, que eu vi...
E aqueles artigos de puericultura que vemos neste tipo de lojas e ficamos de pé atrás? Estou a pensar, por exemplo em bombas de extracção de leite materno. Quando comprei a que usei durante a amamentação dos miúdos, adquiri, sem pensar duas vezes, uma nova. Fazia-me uma certa confusão usar uma que já tivesse passado por outras mãos (ou antes, mamas)! E agora que penso nisto acho só que foi dinheiro deitado à rua! Então não é que podia ter comprado uma usada, esterilizado tudo e voilá! Bomba extractora nova, sem preconceitos... Isto é cultural, certo? É que daqui a um bocado vou sair para ir beber um café, e tenho a certeza que nenhuma das chávenas que me chegar à mesa foi esterilizada... 
Relativamente à puericultura pesada, descobri que, por exemplo com os carrinhos de passeio, é feita toda uma manutenção cuidada, e a verdade é que nos carrinhos que pus os olhos e as mãos em cima, o chassis até brilha, e as rodas deslizam na perfeição! E se o vosso carrinho não estiver nas melhores condições, passem por lá, peçam ajuda, que eles espreitam...







A reter fica a ideia que há grandes negócios a acontecer ali, para quem vende e para quem compra. Há artigos novos por entre os usados. Há grandes marcas escondidas por entre as menos conhecidas. Há muita variedade e há muita simpatia.
Daqui a uns meses volto com mais uns artigos que já não vou precisar!


Artigo escrito em parceria com o Jardim do Bebé.
Contacto: https://www.facebook.com/jardimdobebe/


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