Ainda aguardo Agosto

Setembro passado foi importante, foi poderoso e foi também atroz. Setembro foi duro e marcou todo um novo ciclo.
Agosto chegou com a certeza de que se ia fechar com fechaduras de papel, um ano difícil, porque o que não está terminado, nunca pode ficar arrumado solidamente. Esperei Agosto como quem deixa o melhor para o fim, por um momento de alegria e prazer.
Desde que os miúdos nasceram, que por força das circunstâncias, este se tornou o mês das férias, e desta vez não foi diferente. Aguardo com serenidade, um pouco de paz que só um bom refúgio me traz. Aguardo o som, tantas vezes surdo do fim de tarde, com o sol a queimar-me a pele. E o calor das pessoas ao passar, sem conversas de circunstância quase sempre inoportunas, que de um modo tão único e tão meu, me enche alma. Seres completamente desconhecidos que por momentos se tornam dos meus preferidos, e eu sei que isto soa a estranho! Aguardo as gargalhadas sonoras à beira mar, e o silêncio das noites debaixo das estrelas. Aguardo Agosto com a lassidão que me é permitida e aguardo-o na certeza de que Setembro chegará com toda uma nova lição...


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