Tempo, para quê tanta pressa?

Tempo voador, este em que vivo. Num minuto faço 18 anos, entro num curso superior, mudo-me para outra ponta do país... No minuto a seguir, estou a levar as tralhas todas do curso para o sótão porque o dito cujo já acabou, e a seguir, deixo de ter tempo para nada. Raio de tempo este, que corre tanto e que quase nem espera por mim. Começa o trabalho, chegam os miúdos... Por mais que não queira, as rotinas são tramadas e tomam conta de tudo. 
Deste tempo que voa, vão aparecendo uns pontos de apoio, daqueles bons, que nos seguram, tal é a velocidade dos ponteiros do relógio. E neste mesmo tempo acelerado, vão ficando ténues as linhas que nos vão unindo. Culpa das distâncias e culpa nossa, meio tonta, que nos desculpamos com o tempo, todo velocista e que nos vai ganhando a milhas. 
Deste tempo todo, quase não passa um dia, em que por um ou dois tempos não voo até lá, em pensamentos, àqueles que me foram segurando e que ainda o fazem, agora com amarras mais lassas.
E quando há dias, em que mesmo com o tempo a rodopiar à minha volta, encontro, assim meio por acaso aquelas amarras boas, o tempo diminui a velocidade, e ainda que por breves instantes, volto a ter tempo para tudo! Dias tão bons estes últimos, que me permitiram reforçar, ainda que por breves instantes, aqueles laços à antiga, que vão dobrando mas não partem... Porque há pessoas que me fazem bem só por existirem... Amigos, amores meus, o tempo pássa mas parece que ainda ontem nos sentamos todos numa esplanada a beber uns copos e a dizer umas palavras tontas! Obrigada por isso...

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