Vai à m***a!

Sou apologista de que todos os dias são bons para mandar à m***a. O trânsito da manhã, a sopa que queimou no fundo da panela, a roupa que ficou por passar (sim, tenho um problema profundo com a roupa por passar) e, pasmem-se, pessoas. Todos os dias são bons. Também acho, por outro lado, que há dias especiais para esse efeito. A vida é composta por uma série, se tivermos sorte, de dias que tanto podem ser óptimos como desesperantes. É assim que funciona, uma panóplia de opções entre a excelência e a mediocridade, que acredito estarem escritos em algum lado, naquilo a que se chama destino. Podia divagar bastante sobre isto mas não é esse o caminho que quero seguir agora...
Tenho tido, volta e meia, uns dias lixados, e nesses dias não costumo ser mulher de grandes avarias. Espero que o dia acabe na esperança que o seguinte seja melhor. Contudo, também há dias lixados que exigem um bocado mais de paciência, de empenho, e de grandes fôlegos. Sim, respiro fundo, sim, esforço-me pra caraças, sim, ponho a vida a mexer. E sim, é verdade, não sou de grandes sorrisos nem de grandes expressões entusiastas! Cada um é como é, e eu não tenho, por natureza, uma expressão afável e simpática. Adiante, nesses dias, abuso do afinco, chuto a bola pra frente, empurro o mundo com a barriga, ponho a terra a mexer. Esforço-me mesmo, só eu sei o quanto! E não é que nesses dias aparece alguém e diz que não chega, que é pouco, que sabe que posso fazer muito melhor? Que sabe que sou muito melhor? Mas haverá alguém que saiba melhor do que eu quais é que são os meus limites? A sério? Epah, é que faço logo um encaminhamento certeiro. Daqueles mentais, que fui educada para ter filtro nos palavrões! Mas mando, com todas as letras (mentais), e um sorriso cínico nos lábios. E não é que me sabe pela vida? Vá-se lá entender estas coisas...


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