Meu miúdo folha...

Precisava de um celeiro daqueles à inglesa, para guardar todas as folhas que traz para casa de cada vez que passeamos no parque. São ramos de folhas douradas, umas bonitas outras meio despedaçadas, porque todas, diz ele, têm direito a ser apanhadas. 
Do ramo que arranja, separa-as a todas por tamanhos, e junta-as em grupos. A ideia é formar famílias de folhas, equiparadas à nossa família. A maior é sempre o pai, seguido por mim. A mana é sempre a folha mais frágil e pequenina. A dele é pequena o suficiente para ser uma folha-filho mas grande que chegue para ser o filho mais velho. 
Que crescido estás meu miúdo folha, e o que tens de travesso tens também de sensível. Que orgulho olhar para ti e por ti. Estarei por cá para te apanhar sempre que te soltares da árvore e o teu voos te tragam ao chão. Voa alto sem medos e deixa que o vento de oriente... Minha folha-filho, meu miúdo folha! Se somos pelo Outono? E ainda há dúvidas?

Se um dia, no parque, não encontrarem folhas na chão, não entrem em pânico! Estão cá em casa...

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