Não há nada de especial em ser-se mulher...

Não há nada de especial em ser-se mulher.
Há desenrascanço. Muito. Os dias não são todos iguais e tantas vezes é preciso improvisar. O importante é a soma das partes e no fim, todas as peças estarem encaixadas.
Há organização. Tanta! É inata, intrínseca, ou então vem no seguimento de tentativas e erros. Amanhã é outro dia, correrá melhor.
Há luta. Sim! O mundo ainda tem tanta coisa para melhorar, todos os dias, mais um dia. É uma prova de fogo, e tantas vezes de suor e lágrimas.
Há dor, há desconforto e um tanto de loucura. Claro! Não há mulheres de ferro, nem de capa, nem com super poderes. Há apenas mulheres.
Há amor! Sim! Por pessoas, por sapatos, pela vida. Amor exagerado, devastador, ou por outro lado, um amor subtil, amor anónimo. E que grande capacidade de amar...
Há filhos, sejam eles de que tipo forem. Dependentes. Há cuidar, reparar, apaziguar. Há tempo e há falta dele. Há casa, comida e roupa lavada, nos intervalos. Há trabalho até tarde, há limpezas de pele para fazer e umas séries na tv para pôr em dia.
Há medo. Há fúria. Há paz. Há perseverança. E há tantas outras coisas. Coisas normais, de mulher.
Não há nada de especial em ser-se mulher. Há mulheres especiais, enquanto houver dias, e enquanto houver mulheres.  


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