Anti-social assumida!

Sou o que se pode chamar de anti-social. Não sou dada a pessoas, não gosto de ajuntamentos, faz-me confusão a conversa de circunstância. Não tenho um ar simpático, não sou delicodoce, nem pretendo mudar nada disto depois de trinta e três anos de existência. Não vou a eventos com os quais não me identifico, nem a almoços/jantares só para marcar presença. Acho mesmo que já não tenho idade nem filtro para fazer este tipo de fretes.
Por outro lado estou disponível para os meus e até para os que nada me dizem mas que por afinidades diversas me vão aparecendo por perto. Estou por cá, mostro interesse em ajudar, pergunto, preocupo-me. Não me colo, não chateio ninguém nem imponho nada. Estou só disponível para dar uma mão caso haja necessidade e gosto que se sinta isso.
Percebo e agradeço que tal como eu, haja por aí uma boa remessa de anti-sociais para equilibrar todos os simpáticos e amorosos deste mundo. E percebo também porque é que os amáveis e invariavelmente pegajosos de tão disponíveis que são, nunca dão a cara em situações de aperto. No fundo serve a situação para se conseguir triar os que sempre e os que nunca, os que sim e os que nem pensar, os parentes e a família.
O mundo está cheio de gente sisuda e aparentemente emproada que vale muito a pena! Merda para os risinhos forçados, para os "está tudo bem, não está?" desta vida, e para a malta que só consome energia que era tão bem usada para outros fins.
Mais empatia, menos sinismo e éramos todos tão mais genuinamente felizes. Cruzes canhoto.



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