Não desistam de mim!

Às pessoas que me telefonam e a quem não costumo atender, faço um apelo: por favor, não desistam de mim! 
Podem ligar-me entre as 18h e as 21h, mas com a certeza porém que, dentro desse horário estou numa outra realidade planetária chamada "maternidade a quanto obrigas" e que nessa dimensão não existem telemóveis a não ser para passar os Contos da Amizade do Winnie the Pooh, em momentos de grande aperto na paciência. A essa hora não há rede, não há chamadas via skype, não há sinais de fumo nem códigos morse que penetrem a barreira do meu piloto automático pelo que será preferível escolherem outro momento do dia.
Fora o horário supracitado, qualquer outro é mais indicado. Se não atender não é porque não ouço o telefone, não é porque não quero atender, nem é porque estou ocupada com outra coisa qualquer. Não. Se me ligarem e eu não atender é, de certeza, porque estou com a cabeça enfiada dentro da mala a tentar encontrar o dito. Vou tirar todos os lenços ranhosos que por lá vão estar, três dinossauros, duas fitas de cabelo, um porta moedas com uma concha da praia dentro, o telhado de um prédio de lego, um molho de 15 chaves das quais só uso 3, meio pacote de bolachas em migalhas e uma chucha que nunca foi usada porque pode dar jeito. E tiraria ainda muitas mais coisas mas entretanto o telemóvel parou de tocar. E é aqui que volto a apelar!
Pessoas que me costumam ligar e eu não atendo, por favor, não desistam de mim e voltem a ligar porque se o telemóvel não tocar, nunca mais o encontro!


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